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Liinc em Revista dedica número especial ao acesso livre

A revista Liinc em Revista lança número especial dedicado interiramente à discussão do acesso livre ao conhecimento científico.

Diversos autores, consagrados ativistas, como Stevan Harnard, Alma Swan, John Willinksy, Hélène Bosc e Sely Costa, publicaram seus artigos mostrando os fundamentos, os benefícios, as vantagens e os resultados do acesso livre. Segue um pequeno trecho da apresentação da revista:

Liinc em Revista, nesse momento, oportuno, dedica esta edição especial à discussão do acesso livre à literatura científica, levando ao conhecimento de seus leitores as problemáticas da comunicação científica, os fundamentos desse movimento global e suas estratégias para a implantação do acesso livre à literatura científica. Assim, farei um breve destaque das discussões apresentadas, por alguns autores, nesta edição, sobre as ações desse movimento e suas conseqüências.

Stevan Harnad, Leslie Carr e Yves Gingras, apresentaram, na coluna Opinião, assim como Alma Swan mostrou em seu artigo, as barreiras que a comunidade científica vem encontrando para o acesso à literatura científica, os problemas da comunicação científica, os fundamentos do acesso livre, seus benefícios e seus beneficiários.  Esses autores são os principais líderes do movimento.

Juan Pablo Alperin, Gustavo Fischman e John Willinsky discutem a questão da publicação periódica científica de acesso livre na América Latina, indicando que, apesar de o Brasil não ter uma presença muito forte na indústria da comunicação científica, o País ocupa o terceiro lugar em quantidade de publicações periódicas de acesso livre. Esse fato não nos surpreende, uma vez que a grande maioria das publicações periódicas científicas é mantida por universidades, sociedades e associações científicas. O Brasil fica atrás, nessa classificação, somente dos Estados Unidos da América e da Inglaterra.

Sely Costa discute em seu artigo as estratégias para implantação de repositórios institucionais, considerando-se as peculiaridades existentes entre as várias áreas do conhecimento. Trata-se de um ponto importante, pouco abordado na literatura. Enquanto Hélène Bosc apresenta em seu artigo as experiências de implantação de dois repositórios na França: HAL, um repositório central, e Archimer, um repositório institucional, independente de HAL. Hélène faz uma comparação entre as duas estratégias de implantação.

Pablo Ortellado discute as políticas brasileiras de acesso livre à informação científica, no contexto do movimento internacional na área. Valéria Gauz aborda os desdobramentos dessa discussão, a partir do seminário sobre acesso livre à informação em países lusófonos, organizado pelo Ibict, no âmbito do Forum de Governança da Internet (Internet Governance Forum, ou IGF), encontro realizado no Rio de Janeiro de 12 a 15 de novembro de 2007 que contou com a participação de diferentes segmentos da sociedade e do governo.  

Patrícia Machiori e André Appel avaliam os avanços e as dificuldades para agregar valor ao Sistema Eletrônico de Revistas da Universidade Federal do Paraná (OJS/SER/UFPR) a partir da exploração da estrutura e conteúdo da Research Support Tool (RST), ferramenta constante do pacote de software Open Journal System.

Enrique Wulff parte das conclusões de alguns estudos de casos para analisar a política e o marco legal de acceso aberto em ciências marinhas.

Enfim, pode-se verificar por essas discussões que o movimento do acesso livre é uma realidade, é irreversível e está em vias de se consolidar. E o Brasil, o que tem feito com relação a esse movimento?”


setembro 29, 2008 - Posted by | Sem categoria | , ,

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