Novo ano, dados novos, novas perspectivas!!!
Neste primeiro post de 2013, além de desejar aos leitores e visitantes deste blog um feliz 2013, é importante registrar alguns dados que o movimento do OA nos proporcionou e, que mostra que as iniciativas do OA continuam sendo implementadas, mostrando que o movimento OA continua mais atuante do que nunca, para tanto, recomendo a leitura do sítio EOS – Enabling Open Scholarship, no qual o leitor poderá encontrar argumentos interessantes que justificam a necessidade de estabelecimento de políticas que tornem obrigatório o depósito dos resultados das pesquisas em repositórios institucionais. Ou seja, não basta a implementação de repositórios institucionais, é preciso o estabelecimento de políticas que tornem obrigatório, aos pesquisadores de uma instituição, o depósito dos resultados de suas pesquisas publicados em uma revista científica. No referido link, é mostrado que, inicialmente, quando o repositório central do NIH foi implantado, apenas 4% dos resultados de pesquisa eram depositados e, após a aprovação de uma lei, nos EUA, tornando obrigatório, à todos os pesquisadores que receberam financiamento para suas pesquisas, o depósito dos resultados dessas pequisas, no referido repositório central, o PUBMedCentral, o percentual de resultados de pesquisas depositados saltou para 56% (estima-se que anualmente o NIH financia algo em torno de 80 mil pesquisas).
Segundo o sítio do EOS – Enabling Open Scholarchip towards Open Research & Scholarship, existem, atualmente, o seguinte quadro de políticas registradas, provenientes de todas as partes do mundo:
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz (23 Oct 2012)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS (14 Jun 2011)
Universidade Federal do Rio Grande, FURG (01 Jun 2011)
Universidade de São Paulo – USP (07 Oct 2011)
University of São Paulo / Universidade de São Paulo (USP) (05 Nov 2012)
O sítio ROARMAP mantém o registro do PL 1120/2007, que infelizmente foi arquivado pela Câmara dos Deputados. Em seguida, aparece o registro das políticas da Fiocruz, realizado no dia 23 de Outubro de 2012, além das políticas que já se encontravam registradas, desde o ano de 2011, da UFRGS e da FURG. Infelizmente, ainda continua o registro equivocado da biblioteca digital de teses e dissertações da USP. Por outro lado, encontramos acertadamente, o registro da Política Institucional, aprovada no ano que passou e, registrada no dia 05 de Novembro de 2012. Enfim, o Brasil conta com apenas 4 políticas institucionais registradas. Infelizmente, as outras instituições que implantaram os seus repositórios institucionais ainda não registraram as suas políticas. Esse fato pode ser justificado pelo fato de a grande maioria das universidades brasileiras que receberam os equipamentos do IBICT, ainda não terem aprovada a sua Política Institucional de Informação. Soube, no final do ano que passou que, a UnB teria aprovado a sua Política Institucional de Informação. Portanto, em breve teremos mais uma política registrada no referido sítio.
Assim, mais um ano se inicia, e as nossas expectativas quanto ao progresso das iniciativas do OA, no País, se renovam. Assim, os nossos parabéns à UFRGS, à FURG, à FIOCRUZ e à USP por terem efetivamente estabelecido as suas PII, assim como, ter colocado em operação os seus respectivos RI.
Quiçá, possamos iniciar 2014 com pelos menos mais 40 Políticas Institucionais de Informação (PII) registradas. Apenas relembrando, nesta parte final do post menciono o ano de 2014, portanto, aquelas instituições que ainda não firmaram as suas PII, estas terão mais 360 dias para fazê-lo. Afinal, trata-se de um compromisso institucional junto ao IBICT/FINEP, órgãos do governo federal.
Aproveitando este momento, não posso deixar de enviar um pequeno recado ao Senado Federal, que até o momento, passados praticamente 2 (dois) anos do registro do PLS 387/2011, que coloque o referido PLS em pauta, discuta-o e aprove-o, dando seguimento ao seu processo de discussão e aprovação. Afinal, no próximo mês de 5 de julho a matéria completará o seu terceiro ano da data de sua submissão.
Brasil registra o seu segundo mandato
Parece que os resultados referentes às sementinhas plantadas no passado começam a aparecer. O segundo mando brasileiro vem também do Rio Grande do Sul e é da UFRGS. Soube que este mandato já havia sido aprovado pela UFRGS desde outubro de 2010. No entanto, ele ainda não havia sido registrado. Obrigado e parabéns à Caterina e a toda a equipe que trabalha com o repositório institucional da UFRGS, o LUME, por ter registrado o seu mandato. Aos poucos a presença brasileira começa a aumentar no ROARMAP.