Blog do Kuramoto

Este blog se dedica às discussões relacionadas ao Open Access

Novidades no front da publicação periódica eletrônica

Aos leitores deste blog, finalmente publico um novo post, com um pedido de desculpas por não ter publicado muitos posts ultimamente, o fato é que hoje, tenho outras obrigações que me impedem de publicar assiduamente neste blog. No entanto, o fato é que após algum tempo, sem muitas novidades na área. Surge agora algo que deverá interessar à todos que utilizam o OJS ou SEER no Brasil, segundo o nosso colega Eloy Rodrigues, foi lançado recentementes um novo pacote de software que se integra ao OJS, trata-se do FIDUSWRITER, pacote de software que permite aos autores criar os seus artigos para  submissão consecutiva ao OJS. Vejam matéria completa sítio Open Access mantido pela UMinho, intitulada: Novas abordagens para o futuro da Publicação Científica: integração “Fiduswriter” e “Open Journal System”.  Pela referida matéria, o  FIDUS WRITER é um editor de texto colaborativo orientado à escrita científica com a possibilidade de usar citações e fórmulas matemáticas. Trata-se, portanto, de um elemento facilitador para que os autores de artigos elaborem os seus artigos já dentro de um formato aceito pelo OJS. Leiam mais detalhes no link acima.

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fevereiro 26, 2014 Posted by | artigo | , , | 11 Comentários

Open Access: um novo Big Deal?

Seguindo com a tradução da matéria publicada por Richard Poynder em seu blog Open and Shut?Open Access in the UK: Reinventing the Big Deal, onde esse jornalista faz uma série de considerações sobre as últimas iniciativas do governo britânico.

New Big Deal

Isso significa, sugere Harnad,  que os editores  agora serão capazes de fornecer o OA, em seus próprios termos, e não nos termos destinados a proteger os interesses da comunidade científica. Essencialmente, o caminho está livre para que os editores  obtenham suas receitas correntes, em condições adaptadas ao novo ambiente OA, sem resolver o problema da acessibilidade,  que privou a comunidade icentífica,  por tanto tempo. Em suma, implícito no relatório FINCH / RCUK existe uma convicção de que as estratégias do OA não devem ter impacto negativo sobre os lucros das editoras. Com o relatório FINCH / RCUK  diz Harnad, “os editores obtêm suas receitas grotescamente inflados e, em troca  o  mundo se rende à estratégia da via Dourada”

É certamente estranho que, ao recomendar que a estratégia da via Dourada seja priorizada, o relatório FINCH argumente que a estratégia da via Verde  tenha falhado – apesar do fato de que a maioria dos trabalhos que estão hoje disponíveis em OA, são resultados da estratégia do auto-arquivamento (a estratégia conhecida como via Verde do OA), e não da estratégia preconizada pela via Dourada do OA (veja o gráfico abaixo), mesmo não tendo evidências de que a estratégia da via  Verde do  OA tenha prejudicado os lucros dos editores.

Imagem cortesia de Yassine Gargouri

Harnad sempre argumentou que o governo deveria exigir que todas as universidades do Reino Unido impusesse aos seus pesquisadores a obrigatoriedade do auto-arquivamento de suas pesquisas e, caberia ao RCUK fazer cumprir essa determinação, uma vez que, de fato, existe um mandato em vigor desde 2006 que,  sem dúvida, desempenhou com sucesso a implantação da via Verde do OA .  No entanto, o mandato poderia claramente ter sido mais eficaz.  Sua fraqueza fica evidenciada pelo fato de  que o RCUK  nunca fez questão de observar devidamente essa conformidade. “A eficácia do mandato depende da eficácia do cumprimento de verificação de mecanismos”, sugere Harnad, “e o RCUK nunca deu prioridade ao  mandato.”

Por isso, ele diz, “Ao RCUK teria sido muito melhor adotar um mecanismo de verificação de conformidade-benefício para o mandato existente do que se oferecer para pagar pela estratégia da via Dourada.”

Isso é importante, acrescenta, não apenas porque alcançaria o OA mais rapidamente, e economizaria  dinheiro a curto prazo, mas porque forçaria os editores a reduzir o custo de suas operações para o fornecimento da  revisão por pares sozinho – que é tudo o que é necessário em um mundo em rede – e assim reduzir os custos de longo prazo da publicação acadêmica. E isso resolveria o problema da acessibilidade insustentável.

Como está, diz  Harnad, a política RCUK simplesmente abriu o caminho para a reinvenção do Big Deal. Se você pensar sobre isso, diz ele, a política RCUK se resume ao esquema de assinatura do BMC / Springer ” mas, em nível nacional ao invés do  nível institucional.  “O próximo passo é um Big Deal nacional ou mesmo global.”

Ele acrescenta: Desde os anos 90 uma das  “opções” que os editores ofereciam, gentilmente, era a licença, tanto a nível Nacional quanto Global: “Você quer que qualquer um acesse qualquer coisa? Muito bem. Nós os editores queremos também. Concorde com o preço e  você terá o acesso!”

No entanto, nem todos acreditam que isso seja uma coisa ruim – pelo menos, não para Jan Velterop, o ex-funcionário da  AP e um dos arquitetos do primeiro Big Deal. “Eu não me importo com a estratégia da via Verde, diz Velterop, “O que eu não vejo como, remotamente realistica, é a ideia de que primeiro se deve submeter os editores à estratégia da via Verde  antes da consolidação da via Dourada.”

Velterop acrescenta, “A via Dourada é, em grande parte desenvolvida pelos novos editores, e não as tradicionais editoras. Ela deve ser construída ao lado da estratégia da via “Verde”. Que é mais provável para forçar ‘mãos que’ as editoras tradicionais verde ‘sozinho.Por isso, ele diz, um negócio grande nacional é precisamente o que o paciente necessita de hoje.

Consequentemente, ele diz, um pacote Big Deal Nacional é precisamente o que o paciente requer hoje.

Mais precisamente, ele diz, o que é necessário é um “Novo Big Deal” . Diferente do velho “Big Deal”, ele explica, isto compreenderia “uma licença Nacional” que desse ao pesquisador um ponto de acesso e uso livre a todos os artigos que estivessem ainda protegidos por assinatura, além de um serviço nacional de contratos. Este serviço seria necessário para aquisição do ponto de acesso livre e uso das publicações OA para os pesquisadores do Reino Unido, permitindo a eles publicar em revistas OA sem ter que pagar por elas.

 

 

outubro 24, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , , , | Deixe um comentário

ENSP institui sua política de OA

Em atenção à solicitação de Ana Funiel segue  a notítia, abaixo, informando que a Escola Nacional de Saúde Públic (ENSP) implementa sua política OA tornando obrigatório o registro de toda a sua produção científica, veja abaixo:

“ENSP é primeira instituição brasileira de ensino e pesquisa de saúde a implantar política de acesso aberto ao conhecimento

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, tornou-se a primeira grande instituição brasileira de ensino e pesquisa na área da saúde a ter uma política mandatória determinando que toda sua produção científica seja depositada, a partir do dia 11 de setembro de 2012, no repositório institucional de acesso aberto.

Dessa forma, a ENSP alinha-se a um seleto grupo de grandes instituições – como as universidades de Harvard e Cornell e o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), nos EUA – que aderiu ao Movimento Internacional de Acesso Aberto ao Conhecimento Científico, ao mesmo tempo que aumenta o impacto dos resultados das pesquisas realizadas na instituição, por meio da maximização do acesso e do uso de sua produção.

O repositório da ENSP é fruto da Política Institucional de Acesso Aberto ao Conhecimento, que vem sendo desenvolvida pela Escola desde abril de 2011. De acordo com alguns estudos, as áreas de ciências da saúde e ciência política obtiveram um aumento de 57% no índice de citações de artigos em acesso aberto. Áreas como psicologia e direito alcançaram 108% de aumento; na área de administração o aumento foi de 92%; e a área de física chegou a 250% de aumento no índice de citações de artigos em acesso aberto.

O Repositório da Produção Científica proporciona grandes vantagens aos pesquisadores, pois aumenta a visibilidade da produção individual e institucional, potencializando as citações, utilização e reutilização de pesquisas feitas por eles próprios, além de contribuir enormemente para reduzir a lacuna existente entre a academia e a sociedade.

Os autores do material científico da ENSP passam a autorizar em caráter permanente e irrevogável, por meio da cessão gratuita e não exclusiva dos direitos de utilização não comercial, a qualquer pessoa, fazer uso da produção científica de sua autoria sem fins comerciais. A permissão inclui reproduzir, exibir, executar, declamar, expor, arquivar, inserir em bancos de dados, difundir, distribuir, divulgar, disponibilizar, emprestar, traduzir, incluir em novas obras, desde que não haja finalidade comercial e respeitando os direitos morais do autor, em especial os direitos de paternidade e integridade.

A ENSP reconhece o respeito aos direitos autorais, sejam eles morais ou patrimoniais, em relação ao conhecimento produzido e entende que é obrigação das instituições públicas garantir que a sociedade tenha acesso ao conhecimento por elas produzido. A democratização e a universalização do acesso ao conhecimento nas ciências e humanidades é condição fundamental para o desenvolvimento igualitário e sustentável das nações. Constituindo-se uma instituição de ciência e tecnologia em Saúde reforça, portanto, os princípios de uma sociedade justa, equânime e solidaria, visando a promoção da saúde e a qualidade de vida das populações.

Acesse o Repositório Institucional de Produção Científica da ENSP em www.ensp.fiocruz.br/repositorio.”

outubro 8, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , , , | Deixe um comentário

Open Access no Reino Unido: causas e estratégias

Richard Poynder

No último dia 01 de Outubro, Richard Poynder publicou em seu blog Open and Shut? um longo post onde faz uma longa consideração sobre a problemática das assinaturas de periódicos científicos no Reino Unido, soluções propostas pelos editores e o surgimento das estratégias do Open Access.  Devido ao fato do post ser demasiadamente longo, optei por publicar a sua tradução em partes separadas. Segue a primeira parte:

“O sistema de comunicação científica tem enfrentado sérias dificuldades nas últimas décadas, um problema geralmente conhecido como a “crise dos periódicos”. O cerne da questão é que o preço das revistas científicas tem aumentado consistentemente mais rápido que o índice de preços ao consumidor. Bibliotecas de universidades  e  centros de pesquisa vêm encontrando dificuldades cada vez maiores para adquirir e manter as as assinaturas de todas as revistas de que os seus pesquisadores precisam.

No início de 1990, os editores se encontraram em uma situação onde cada vez que preço de uma revista aumentava eles se viam confrontados com uma onda de cancelamentos. Em uma tentativa de recuperar a receita perdida aumentavam o preço, novamente, o que simplesmente desencadeava uma nova onda de cancelamentos.

Consciente de que a sua sobrevivência estava ameaçada, as editoras buscaram uma maneira de manter os seus assinantes e acabou chegando ao que ficou conhecido como o “Big Deal”.

Com o “Big Deal”, essas bibliotecas não assinavam as revistas título a título, mas sim um conjunto pré-determinado de revistas eletrônicas, a cujos contratos tinham validade por vários anos. Normalmente esse pacote é constituído de todo o portfólio da editora, que pode incluir centenas de títulos de revistas.

O atrativo do “Big Deal”,  para os editores,  era que, com esse tipo de contrato, havia o comprometimento de acabar com o ciclo anual de cancelamento. Para bibliotecas, esse tipo de contrato  forneceu o acesso a um número muito maior de títulos pelo mesmo preço que estava pagando por um conjunto menor de títulos – uma vez que assinou-se o pacote inteiro e, além disso, um contrato que abrangia vários anos. Para autores, isto proporcionou um público maior e mais estável aos seus artigos.

A Academic Press foi pioneira, em 1996, quando assinou um contrato nesses termos, “Big Deal”, por três anos com a Higher Education  Funding Council for England (HEFCE). O acordo significa que qualquer pessoa que trabalhasse e uma instituição de ensino superior (Higher Education) no Reino Unido tem franco acesso a um ponto de acesso à revista inteira da referida esitora (Academic Press). Além disso, uma vez que foi HEFCE que pagou a conta (por meio da corte superior), o acordo trouxe o benefício adicional de aliviar a pressão sobre os orçamentos das, duramente, pressionadas bibliotecas de pesquisa do Reino Unido.

O padrão

Depois de algum ceticismo inicial, outras editoras começaram a oferecer seus próprios pacotes “Big Deal”, e o modelo, em breve, tornou-se a forma padrão em que bibliotecas de pesquisa adquiriam o acesso a revistas acadêmicas.

No entanto, enquanto conceito básico da AP foi copiado, mais subseqüentes grandes negócios não foram assinados com organismos de financiamento nacionais, mas com consórcios de bibliotecas. E uma vez que os custos não foram top cortado, isso significava que as bibliotecas tiveram que financiar seus contratos “Big Deal” a partir de seus próprios orçamentos.

Logo tornou-se evidente, portanto, que o Big Deal não conseguiu resolver o problema fundamental da acessibilidade que está no coração da “crise dos periódicos”. E, como carteiras de editores de revistas tem cada vez maior como resultado da consolidação da indústria, os contratos  “Big Deal” começaram a devorar uma porção cada vez maior do orçamento de uma biblioteca. Como conseqüência, o “Big Deal” gradualmente caiu em desgraça, com bibliotecários reclamando que, como qualquer modelo de assinatura do jornal, o “Big Deal” é por sua natureza monopolista, e ele bloqueia bibliotecas em um sistema caro e inflexível que eles só podem se livrar com grande dificuldade.

Desejosos de encontrar uma abordagem alternativa, a comunidade científica começou a ter um interesse no movimento Open Access (OA). Se os artigos fossem disponibilizados gratuitamente na internet, eles entenderam, não somente os pesquisadores teriam acesso a tudo o que precisavam, mas o auto-arquivo (ou, como ficou conhecido mais tarde, a estratégia da via Verde) poderia aliviar o problema, a acessibilidade, permitindo às bibliotecas iniciar o cancelamento de algumas de suas assinaturas de revistas. Com este objetivo em mente, os defensores da estratégia da via Verde convocaram os pesquisadores a tornar os seus trabalhos disponíveis na web (e mais tarde em repositórios institucionais).

Além disso, uma nova geração de editores – por exemplo BioMed Central (BMC) e Public Library of Science (PLoS) – entrou no mercado oferecendo-se  para tornar os artigos acessíveis, livremente, aos pesquisadores  como uma parte essencial do processo de publicação, com a condição de que eles pagassem uma taxa de processamento de artigo (APC). Isto mais tarde, tornou-se conhecido como a estratégia da via Dourada do movimento OA.

Na crença de que o modelo autor-paga levaria a baixar os custos de publicação, a bibliotecas começaram a persuadir os pesquisadores a abraçar a estratégia da via Dourada do movimento OA.  E para ajudá-los nisso, eles concordaram em usar parte do orçamento de algumas das assinaturas de seus periódicos para se filiar a esquemas que as editoras que adotaram a via Dourada do OA, como BioMed Central e Springer começaram a oferecer. Estes esquemas possibilitaram aos pesquisadores o direito de publicar em revistas OA sem ter que pagar pela publicação de um artigo.

A crença de que a publicação OA levaria a custos mais baixos se baseavam em duas suposições: primeiro, que a publicação eletrônica era inerentemente menos cara que a tradicional publicação impressa; segundo, que ela imporia restrição de preços aos editores. O pensamento que estava por trás dessas suposições era: com relação às assinaturas de periódicos científicos, não são os pesquisadores que pagam a conta mas, os bibliotecários. Consequentemente, os pesquisadores não devem se preocupar com o custo das revistas científicas, mas simplesmente solicitar os títulos que eles necessitam, independentemente, do custo que as bibliotecas terão que pagar para tê-los.  Desde que, o seu trabalho é servir às necessidades de informação dos pesquisadores, os bibliotecários sentem que eles teriam que pagar.  Em outras palavras,  há uma desconexão no seio  do modelo de assinaturas de periódicos.

Além disso, uma vez que todos os artigos em uma revista científica são únicos, os bibliotecários não estão em uma posição de poder substituir um título caro para um mais barato. Portanto, há uma enorme pressão sobre as bibliotecas para que sejam assinadas todas as revistas publicadas nas várias áreas da pesquisa em que a ação a instituição atua.”

Evidentemente, aqui no Brasil os nossos pesquisadores, aparentemente, ainda não se depararam com tal situação graças ao Portal de Periódicos da Capes que tem mantido as assinaturas dos periódicos alí disponibilizados. Será que teremos, eternamente, orçamentos capazes de bancar o referido portal?

outubro 7, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

BOAI-10: sobre promoção e coordenação

Dando continuidade à série de posts decorrentes das recomendações formuladas pelo BOAI-10, segue a matéria abaixo, que trata  da promoção e coordenação:

4.1. Devemos fazer mais para consciencializar os editores de revistas, os editores científicos, revisores e pesquisadores dos padrões de conduta profissional para publicação em OA, por exemplo, quanto ao licenciamento, processo editorial, apelo à submissão de artigos em OA, identificação de propriedade e gestão de taxas de publicação. Os editores científicos, revisores e pesquisadores devem avaliar as oportunidades de envolvimento com editores de revistas na base destes padrões de conduta profissional. Quando os editores não agirem de acordo com esses padrões devemos ajudá-los a melhorar, como um primeiro passo.

  • Como forma de avaliar um editor ou revistas OA, novas ou desconhecidas, recomendamos que os pesquisadores consultem a associação de editores de acesso aberto (OASPA – Open Access Scholarly Publishers Association) e o seu código de conduta. Queixas sobre editores membros da OASPA ou sugestões de melhoria do código de conduta devem ser enviados para a OASPA.
  • Encorajamos todos os editores OA e as revistas  OA a aplicar as boas práticas recomendadas pela OASPA ou a procurar tornar-se membro da associação, o que implicará uma análise das suas práticas e oferecerá uma oportunidade para corrigí-las se necessário.

4.2. Devemos desenvolver diretrizes para universidades e agências de financiamento que estejam considerando a definição de políticas de OA, incluindo os termos recomendados para as políticas, boas práticas e respostas a perguntas a questões frequentes.

4.3. Encorajamos o desenvolvimento de recursos consolidados que facilitem o acompanhamento do progresso do OA por meio dos números e gráficos mais relevantes. Cada unidade de informação deve ser atualizada regularmente e a sua proveniência ou método de cálculo claramente indicada.

4.4. A comunidade OA deve agir mais frequentemente de modo conjunto. Sempre que possível, as organizações e ativistas  OA devem procurar formas de coordenar as suas atividades e comunicações no sentido de utilizar melhor os seus recursos, minimizar a duplicação de esforços, reforçar a mensagem e demonstrar coesão.

  • Devemos criar melhores mecanismos para comunicarmos e coordenarmos uns com os outros.
  • Devemos comunicar com os nossos colegas acadêmicos, a imprensa acadêmica e imprensa não acadêmica mainstream. A mídia acadêmica e não-acadêmica estão mais informadas e mais interessadas em OA do que nunca. Isto é uma oportunidade para ajudar a educar todas as partes interessadas acerca do OA e das novas propostas para o desenvolvimento do OA.

4.5. A campanha mundial pelo OA aos artigos científicos deve trabalhar em maior proximidade com a campanha mundial pelo OA aos livros, teses e dissertações, dados científicos, dados governamentais, recursos educativos e código-fonte.

  • Devemos coordenar com esforços afins menos diretamente relacionados com o acesso aos resultados da pesquisa, como a reforma dos direitos de autor, obras órfãs, preservação digital, digitalização de literatura impressa, decisão política baseada em evidências, a liberdade de expressão e a evolução de bibliotecas, publicação, revisão por pares e medias sociais.
  • Devemos procurar formas de amplificar as nossas diferentes vozes quando defendemos princípios comuns.

4.6. Precisamos afirmar mais claramente, com mais evidências e a mais grupos de interessados, as seguintes verdades sobre o OA:

  •  O OA beneficia a pesquisa e os pesquisadores, e sua falta os prejudica.
  • O OA à pesquisa financiada com recursos públicos beneficia os contribuintes e aumenta o retorno do seu investimento na pesquisa. Existem benefícios econômicos bem como benefícios acadêmicos e científicos.
  • O OA amplifica o valor social da pesquisa, e as políticas OA amplificam o valor social das agências de fomento e das instituições de pesquisa.
  • Os custos do OA podem ser suportados sem adicionar mais dinheiro ao atual sistema de comunicação científica.
  • O OA é consistente com as leis de direitos de autor em qualquer parte do mundo, e concede tanto aos autores quanto aos leitores mais diretos  do que eles teriam no âmbito dos acordos de publicação convencionais.
  • O OA é consistente com os mais elevados padrões de qualidade.

setembro 30, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Mais uma ação da indústria editorial científica comercial: o relatório FINCH

Sevan Harnad publica, em seu blog,  matéria comentando o frustrado Relatório FINCH. Muito interessante a matéria, e que, a partir de agora, tomo a liberdade de emprestar tal matéria e publicá-la, neste blog, para conscientizar a nossa comunidade científica sobre as artimanhas utilizadas no discurso de combate às estratégias do Open Access.  Segue a referida matéria.

O relatório FINCH, sob forte e palpável influência do lobby editorial científico, em vez de recomendar, ampliar e otimizar a liderança mundial do Reino Unido no uso da estratégia da via verde do OA – sem custos, por meio de mandatos de auto-arquivamento em repositórios institucionais e centrais (repositórios mantidos por agências de fomento), recomendou abandonar a referida estratégia, via verde, (Green OA) e, em vez de gastar dinheiro extra (£ 50-60 milhões anuais) para o pagamento de taxas aos editores, utilizando a via Dourada OA (Golden OA), bem como um cobertor do Reino Unido em taxa de licença de sítios nacionais para cobrir tudo o que não é ainda aderente à estratégia da via Dourada OA (ou seja, todas as revistas que as instituições do Reino Unido atualmente assinam, um pouco como os “Big Deal” dos editores comerciais tiveram sucesso de negociação com as instituições, individualmente, e via consórcios , como o do Portal de Periódicos da Capes):

A via Verde segundo o relaório FINCH: “As políticas aderentes à via VERDE, sejam aquelas promovidas por agências de fomento ou aquelas promovidas pelas universidades e institutos/centros de pesquisa, não tiveram, ainda, maiores efeitos no sentido de garantir que os pesquisadores tornem suas publicações acessíveis em repositórios institucionais…[então] a infraestrutura de repositorios institucionas/centrais deveria [em vez disso] ser desenvolvida para desempenhar um valioso papel complementar à publicação formal, particularmente no fornecimento de acesso aos dados de pesquisa e a literatura cinzenta, e na preservação digital (nenhuma menção da via VERDE)…”

A via Dourada segundo o relatório FINCH: A estratégia “Golden road” de acesso público, financiada por meio do pagamento de taxas de artigo, deve ser vista como “o principal veículo para a publicação de pesquisas” … agências de fomento públicas devem criar “mecanismos mais eficazes e flexíveis” para pagar [OA Gold] as taxas de artigo … durante a transição para [Gold] o acesso livre, o financiamento deve ser extendida as licenças [assinaturas], para conteúdo de acesso não-livre à todo o ensino superior do Reino Unido e sectores da saúde …

Agora, vejam abaixo, estão alguns números reais que estão por trás das afirmações acima. Deixo que os leitores tirem suas próprias conclusões sobre o relativo sucesso em termos de custos, benefícios, custo-efetividade, potencial de crescimento e um calendário de obrigatoriedade Verde OA vs financiamento Ouro OA. Para efeito de melhor visualização dos gráficos clique em cima deles para que sejam melhor visualizados.

1. Mandated vs Non-mandated OA Green:

Relação de instituiçõs que adotaram o mandato da via Verde

Relação de instituiçõs que adotaram o mandato da via Verde



















2. Crescimento na adoção de mandatos via verde (OA Green)

Crescimento de mandatos Green OA

















3. Crescimento da adoção da via Verde por áreas do conhecimento

Crescimento na adoção à via Verde, no período de 2009-2011



















4. Crescimento da adoção da via Dourada, no período de 2003-2011 (Nature, 2012)

Crescimento na adoção da via Dourada

























5. Crescimento projetado da via Dourada OA (70% in 2020 or 2026; 100% in 2022 or 2029):

Crescimento projetado da adoção da via Dourada

















6. Comparação do crescimento da adoção entre a via Dourada e a via Verde por área do conhecimento

Comparação entre o crescimento da adoção da via Dourada e via Verde por área do conhecimento



















7. Dados relativos de publicações, aderentes às estratégias, via Dourada e da via Verde, no Reino Unido

Dados relativos de publicações aderentes à via Dourada e à via Verde no Reino Unido




























8. Vantagem relativa do impacto de citação de publicações OA sobre aquelas não OA

Vantagem do Impacto da citação de publicações OA. (OA vs non-OA)














9. A vantagem econômica oferecida pelo OA ao Reino Unido

Vantagem econômica proporcionada pelo OA ao Reino Unido























Referências Bibliográficas

Gargouri, Y., Hajjem, C., Lariviere, V., Gingras, Y., Brody, T., Carr, L. and Harnad, S. (2010) Self-Selected or Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLOS ONE 5 (10) e13636

Harnad, S. (2007) The Green Road to Open Access: A Leveraged Transition. In: Anna Gacs. The Culture of Periodicals from the Perspective of the Electronic Age L’Harmattan. 99-106.

Harnad, S. (2010) No-Fault Peer Review Charges: The Price of Selectivity Need Not Be Access Denied or Delayed. D-Lib Magazine 16 (7/8).

Harnad, S. (2010) The Immediate Practical Implication of the Houghton Report: Provide Green Open Access Now. Prometheus 28 (1): 55-59.

junho 23, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , | Deixe um comentário

Cientistas boicotam a Elsevier

O jornal Folha de São Paulo publicou matéria dando conta de que há um boicote por parte dos cientistas contra uma das maiores editoras de revistas científicas do mundo, a Elsevier. Leia a matéria no seguinte link.

O referido jornal traz matéria completa mostrando as razões do boicote. Na realidade o motivo de todo o boicote é o apoio que essa editora vem dando ao  RWA – Research Works Act, projeto de lei que tramita no Congresso americano e que busca impedir que as instituições de pesquisa disseminem livremente os resultados de pesquisas  de seus cientistas, por intermédio dos repositórios institucionais, fruto da estratégia da via Verde. Este projeto de lei, RWA, se aprovado, impedirá o livre acesso aos resultados de pesquisas, financiados com recursos públicos, publicados em revistas científicas. Trata-se de uma reação à política de Acesso Livre aprovada e adotada pelo National Institute of Health, em meados de 2007 e ao projeto de lei FRPA – Federal Research Public Act que pretende estender essa política, aprovada para o NIH, para o restante das agências de fomento do governo federal americano.

Isto significa que os editores comerciais começam a se preocupar com o avanço das iniciativas aderentes à estratégia da via Verde em todo o mundo.

fevereiro 13, 2012 Posted by | artigo | , , , , | 1 Comentário

Pesquisa comprada, então pague-a

Michael B. Eisen

Transcrevo e traduzo o artigo abaixo,  de Michael B. Eisen,   publicado na coluna “The opinion pages” do The New York Times do dia 10 de janeiro de 2012. O seu autor, Michel B. Eisen é professor associado de biologia molecular e celular da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e um dos fundadores da Public Library of Science, uma organização dedicada a tornar a pesquisa disponível gratuitamente. É uma manifestação contrária ao Research Work Act (RWA). Após a apresentação do artigo, ouso fazer algumas observações sobre o posicionamento de Michael B. Eisen. Segue o artigo.

Os contribuintes americanos têm apoiado, por intermédio dos National Institutes of Health (NIH), as pesquisas voltadas para a compreensão e tratamento de doenças humanas. Desde 2009, os resultados dessas pesquisas estão disponíveis em acesso livre no sítio da National Library of Medicine – Biblioteca Nacional de Medicina – na Web, permitindo ao público (pacientes, médicos, estudantes e professores) ler artigos contendo as descobertas ou resultados de pesquisas pagos com os seus impostos.

No entanto,  um projeto de lei, o Research Works Act (RWA), apresentado na House of Representives no mês passado, ameaça interromper esse sítio. O RWA proibiria o N.I.H. de exigir, como agora o faz, que seus beneficiários forneçam cópias dos artigos científicos que publicam em revistas científicas. Se o projeto for aprovado, a maioria dos americanos, caso queiram ler esses artigos, teria que comprar o seu acesso a um custo de US $ 15 ou US $ 30 cada. Em outras palavras, os contribuintes que já pagaram pela realização da pesquisa teria que pagar novamente para ler os seus resultados.

Esta é a mais recente salva de tiros em uma batalha contínua entre os editores de revistas científicas na área biomédica, como Cell Science e The New England Journal of Medicine, que  tentam proteger uma franquia valiosa, e os pesquisadores, bibliotecários e grupos de defesa dos pacientes que procuram fornecer acesso livre aos resultados de pesquisa finaciada com recursos públicos.

O projeto de lei RWA é apoiado pela poderosa Association of American Publishers -Associação de Editores Americanos  e patrocinado pelos Representantes Carolyn B. Maloney, democrata de Nova York, e Darrell Issa, republicana da Califórnia. Os editores argumentam que agregam valor ao produto acabado, e que ao exigir que eles permitam o acesso livre e gratuito aos artigos de revistas em um prazo um ano da publicação nega-lhes a sua justa compensação. Afinal, dizem eles, enquanto a pesquisa científica pode ser financiada com recursos públicos, as revistas não podem.

Mas, na verdade, as revistas recebem bilhões de dólares em pagamentos de assinaturas derivados em grande parte de recursos públicos. O valor que eles dizem adicionar reside principalmente no processo de revisão por pares, o processo através do qual as obras são avaliadas para validar a sua importância antes da publicação. Mas, enquanto as revistas administram esse processo, que é realizado quase que inteiramente por pesquisadores que trabalham como voluntários. Espera-se que os pesquisadores  participem nesse processo como parte das atividades de seu emprego e, portanto, os seus salários são provenientes de recursos públicos, uma vez que a maioria deles é selecionado de universidades ou organizações de pesquisa. Portanto, trata-se de mais uma forma em que  os contribuintes já subsidiam o ciclo da publicação cinetífica.

Ao invés de reverter o acesso livre, o Congresso americano deve se articular para consagrar um princípio simples, em leis, dos Estados Unidos: se os contribuintes pagaram por um bem, eles são, portanto,  donos deste bem. Este é o caso dos artigos científicos publicados por pesquisadores do campus do NIH, em Bethesda, Md., como funcionários do governo, cujo trabalhos, foram explicitamente excluídos da proteção de direitos autorais desde 1976. Seria fácil estender esta cobertura para todas as obras financiadas pelo governo federal americano.

Mas não é só o Congresso que deve agir. Para os cientistas por muito tempo, bibliotecas e instituições de pesquisa têm apoiado o status quo da publicação científica, uma combinação de tradição e conveniência. Mas, o mais recente esforço para derrubar a política de acesso livre do NIH deve dissipar quaisquer ilusões remanescentes de que as editoras comerciais estão servindo aos interesses públicos e da comunidade científica.

Os pesquisadores devem interrmper o fornecimento de artigos às revistas científicas comerciais e optar pela publicação exclusiva em alguma das muitas revistas de acesso livre  que são perfeitamente capazes de administrar a revisão por pares (como os publicados pela Public Library of Science, do qual sou co-fundador). Bibliotecas devem interromper o  fornecimento de recursos por meio do cancelamento de assinaturas. E o mais importante, o NIH, universidades e outras entidades públicas e privadas que patrocinam a pesquisa acadêmica deve deixar claro que, para cumprir a sua missão, exigem que os resultados das pesquisas conduzidas por seus pesquisadores e acadêmicos devem ser livremente acessíveis ao público no momento da publicação.

Estes passos não só preservam um importante bem público – acesso ilimitado às últimas descobertas científicas e médicas – mas eles também enviariam um forte sinal de gratidão para os contribuintes, em cujo apoio contínuo depende a nossa pesquisa.

A princípio, Michael B. Eisen foi muito feliz em sua argumentação. No entanto, discordo do fato de ele exortar os pesquisadores a publicarem em revistas de acesso livre. Evidentemente, o PLoS a organização co-fundada por ele é uma das maiores editoras a produzir revistas de acesso livre, de forma aderente à estratégia da via Dourada.

Entretanto, como diz Stevan Harnad, as taxas de publicação cobradas por essas revistas  são ainda muito caras. Portanto, o melhor a fazer é estular os pesquisadores  a continuar publicando nas revistas científicas que atendem aos seus interesses, mesmo que estas sejam comerciais, e imediatamente em seguida à seleção de seus artigos para publicação deposite a sua versão final, revisada por pares, em um repositório de acesso livre, preferencialmente, no seu repositório institucional. Mas, nada impede que, na ausência de um repositório de sua instituição, o referido artigo seja depositado em um repositório temático ou central de acesso livre. Se, de toda a forma, inexistirem tais repositórios, existe uma outra opção, depositem no OpenDepot, ainda que provisoriamente até a sua instituição implantar o seu próprio repositório institucional. A estratégia da via Verde ainda é a que oferece melhor relação benefício/custo.

janeiro 17, 2012 Posted by | artigo | , , , , , , | Deixe um comentário

Chamada de trabalhos ELPUB 2012

Call for Papers
16th International Conference on Electronic Publishing
June 14-15, 2012, Guimarães, Portugal

Social Shaping of Digital Publishing:
Exploring the interplay between Culture and Technology

SCOPE

Since the advent of the Web the processes and forms of electronic publishing have been changing. The Open Access movement has been a major driver of change in recent years in regard to scholarly communication. However, on other fields of application, such as e-government or e-learning, the changes are also evident. These are, in most cases, driven by technological advances, but there are many cases where social reality change pushes technology development. The social and the mobile Web and linked data are currently shaping the edge of research on digital publishing. Liquid publishing is on the more daring agendas. Digital Preservation is an issue that poses great challenges, still far from solved. The legal issues, security and trust continue to deserve our full attention.  We need new visualization techniques and Innovative Interfaces that keep pace with the global dimension of information. This is the current scenario, but what will follow? What technologies and social and communication paradigms will we be discussing in ten or twenty years?

Elpub 2012 will be focusing on the social shaping of digital publishing by exploring the interplay between culture and technology. It is fitting that we are hosting the conference in the European Capital of Culture for 2012, Guimarães.

We welcome a wide variety of papers from members of the communities whose research and experiments are transforming the nature of electronic publishing and scholarly communications. Topics include but are not restricted to these seven main areas:

1 – Digital Scholarship, Open Access and Open Science
Concepts, models and innovative applications in the field of scholarly communication. Results of recent studies on current practices. New tools and / or results of studies of their applicability. Positioning on new trends.

2 –Interoperability and the Intelligent Web
Concepts, models and innovative applications that are based on the paradigms of the Semantic Web. Metadata, linked data and open linked data, text mining, traceability, scalability, rules,  inference and agents on open environments. Cloud computing and related applications, services and studies. Demonstration applications. Results of field studies and software applications.

3 – The Social and Mobile Web
Concepts, models and innovative applications for the social Web and for the mobile Web. Challenges and achievements of electronic publishing in mobile environments. Context-aware pervasive systems. Geo-location and electronic publication. Information retrieval. The social Web in mobile environments. Results of field studies and software applications.

4 – The legal, secure and trustful Web
Copyright and legal issues. Convergence, divergence and relationships between existing copyright models. Machine-readable information and interoperability on copyright. Authentication. Security and privacy on publishing and in cloud computing. Theoretical models or tools to ensure the reliability of sources. Results of field studies and software applications.

5 – Innovative interfaces, interaction and visualization
New models of interfaces for electronic publication. New interfaces for impaired people. Models and visualization applications for Web 3.0 and 4.0 and for cloud computing. Results of field studies and software applications.

6 – Failures and learnings
Papers that report experimentations that did not work and lessons learned from those failures.

7 – The future of Digital Publishing
Position papers with new insights for the future. New scholarly constructs and discourse methods. Innovative business models for electronic publishing. New technological paradigms for electronic publishing.

Contributions are invited for the following categories:
·        Research papers (up to 10 pages; please use the template in the conference web site)

·        Posters (up to 3 pages.

·        Extended abstracts (a minimum of 1,000 and maximum of 1,500 words; please specify it as “extended abstract” using the template)

Information for authors
All submissions are subject to blind peer review and acceptance by the international ELPUB Programme Committee.  Accepted full papers will be published by IOS Press in a digital format open access conference proceedings book. Full papers are currently being indexed in DBLP and are expected to be indexed by ISI, Scopus and INSPEC (application under evaluation). Accepted abstracts will be extended to full papers and published online only.  Final versions of all the works will be available online and archived at: http://elpub.scix.net.

The best papers accepted for Elpub 2012, are planned to be published in a special issue of the Journal “Information Services & Use” (IOS Press). All submitted papers will have opportunities for consideration for this Special Journal Issue. The selection will be carried out during the review process. Submitted papers must not be under consideration by any other journal or publication.

At least one author of each accepted paper is required to register with the Conference and present the paper. Paper submission will be done via EasyChair.  To submit a paper, please use the template available and follow the specific instructions available at the conference website (http://www.elpub.net).

All content published in the Elpub proceedings are distributed open access via the conference archive (http://elpub.scix.net.) under the terms of the Creative Commons Attribution license, which permits unrestricted use, distribution and reproduction in any medium, provided that the original work is properly cited. For content published in IOS Press channels, different copyright arrangements might apply.

Important Dates
·        January  9, 2012: Deadline for submission of full-text papers and extended abstracts (in all categories).

·        February 20, 2012: Notification of acceptance of submitted papers and extended abstracts

·        March 26, 2012: Deadline for submissions of all final papers in camera ready form.

Conference dates and location: June 14-15, 2012, University of Minho, Guimarães (European Capital of Culture 2012), Portugal
Conference Host: University of Minho, Guimarães, Portugal
General Chair: Professor Ana Alice Baptista, University of Minho, Portugal
Programme Chair: Peter Linde, Blekinge Institute of Technology, Sweden

All suggestions and comments are welcome. Please send us your ideas about what keynote speakers to invite
Looking forward to your contributions and participation in the conference!
See website for all details: http://www.elpub.net

Peter Linde
Blekinge Tekniska Högskola
Biblioteket
371 79 Karlskrona
Tel 0455-385103, Fax 0455-385107
Mobile:             +46 708 778138      
E-mail: peter.linde@bth.se

novembro 7, 2011 Posted by | artigo, Evento | , , | Deixe um comentário

Open Access Week

Divulgo abaixo uma série de links recomendados pela Profa. Chloe Furnival da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que gentilmente encaminhou um email sugerindo, a quem esteja interessado em acompanhar esses eventos sobre OA no mundo e, eventualmente, esteja interessado em conhecer sítios que oferecem o acesso livre a diversas fontes de informação, seguem os links abaixo:

Site Oficial da SPARC:
http://www.openaccessweek.org/
http://www.arl.org/sparc/

Uma geração que aposta no OA no Brasil
http://kuramoto.blog.br/2011/10/20/uma-geracao-que-aposta-no-oa-no-brasil/

Acesso Aberto USP
http://www.acessoaberto.usp.br/

Semana de Acesso Aberto em Portugal:
http://www.acessolivre.pt/semana/

NECOBELAC:  Uma rede de colaboração entre os países Europeus e Latino Americanos e Caribe.
http://www.necobelac.eu/pt/index.php
Mapa mundial de actividades de la Semana de Acceso Abierto 2011
http://www.grandir.com/es/descargas/mapa-de-actividades-oaw2011/numero-de-actividades-por-pais

Diretório de Revistas Científicas em Acesso Aberto (DOAJ):

http://www.doaj.org/doaj?func=byCountry&uiLanguage=en

Lista de Repositórios institucionais (em acesso aberto) por país:

http://www.opendoar.org/countrylist.php

Políticas Institucionais e de agencias de fomento que promovem o acesso aberto:

MELIBEA e Roarmap.

Faça sua busca no BioMed Centra – um dos mais importantes repositorios de acesso aberto em saúde – com “author affiliation” = a sua instituição (fiz com UFSCar):

http://www.biomedcentral.com/search/

Peter Suber (prof da Universidade de Harvard) – Open Access Overview
http://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm

EBooks

Uma seleção de alguns serviços gratuítos: 

Coleção Propg Digital 2011 UNESP:

http://www.culturaacademica.com.br/

Project Gutenberg

http://www.gutenberg.org/

Penn University EBooks

http://onlinebooks.library.upenn.edu/archives.html

Haithi Trust Digital library

http://www.hathitrust.org/

Material “out of copyright” de todos os campos disciplinares

Gallica

http://gallica.bnf.fr/

Electronic Library da Bibliotheque Nationale

China US million book digital library Project http://www.cadal.zju.edu.cn/IndexEng.action

Teses e dissertações:

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

http://bdtd.ibict.br/

EThOS

http://ethos.bl.uk/About.do

Dart Europe

http://www.dart-europe.eu/basic-search.php

Networked Digital Library of theses and Dissertation

http://www.ndltd.org/find

À profa. Chloe Furnival os nossos agradecimentos por este presente.

outubro 25, 2011 Posted by | artigo, Evento | , , , , , | 2 Comentários

OA: Mitos e Verdades II

Continuando a série OA: Mitos e Verdades, e considerando a definição do objetivo do OA no post passado passo a discutir outro ponto polêmico.

Quando comecei a divulgar o OA no Brasil, houve quem entendesse que tínhamos o objetivo de acabar com o Portal de Periódicos da Capes (PPC). Isto jamais existiu. Sempre reafirmei a importância do PPC para a comunidade científica e para o desenvolvimento da ciência neste País. Aliás, à época defendi a idéia de que ambas as iniciativas eram complementares, o importante é fornecer acesso à informação científica, independente da forma.

Hoje, após dez anos do início das inicitivas OA, é possível vislumbrar um futuro diferente. À medida que essas iniciativas se tornem universais, todos os 2,5 milhões de artigos terão acesso livre. O OA é um movimento global e, assim, diversos países vêm implantando a estratégia preconizada pela via Verde. As suas universidades, institutos de pesquisa e agências de fomento vêm implantando políticas OA e repositórios digitais OA. Esses repositórios integram uma infraestrutura global de acesso livre à informação científica, a partir da qual todo o acervo alí existente é acessível via search engines como o Google, Google Scholar, Yahoo dentre outros, que se aperfeiçoaram para indexar os repositórios digitais e fornecerem acesso, livre de custos, aos acervos constantes desses repositórios. Se todos os países adotarem a via Verde essa infraestrutura global consolidar-se-á e o OA será universal.

O OA não foi lançado para acabar com o PPC, mas, para promover o acesso livre à informação científica aos pesquisadores de uma forma geral. Aliás, nada impede que o PPC continue existindo, esta é uma decisão que cabe a quem de direito. Independente de o Brasil adotar ou não o OA, o movimento do OA continuará a sua marcha em direção ao OA universal.

A propósito, façamos uma reflexão: digamos que o Brasil não adote o OA. Neste caso, o OA não conseguirá ser universal, dado que a produção científica brasileira não estaria disponível para acesso livre. Então, o PPC continuaria sendo necessário para as pesquisas brasileiras. Assim, todas as comunidades científicas teriam acesso livre à produção científica global, menos à brasileira. Desta forma, o governo brasileiro continuaria pagando para ter acesso à produção científica brasileira, dado que ela não estaria depositada em repositórios OA – consequência da premissa levantada no início deste parágrafo. Além do prejuízo de ter que pagar para ter acesso àquilo que o País produziu, as nossas pesquisas abdicariam do benefício de maximização da sua visbilidade, uso e impacto, proporcionados pela estratégia da via Verde.

Se, no entanto, o Brasil aderir às iniciativas do OA, adotando uma política OA e construir seus repositórios digitais para hospedar a sua produção científica e fornecer acesso livre, a nossa comunidade científica terá os mesmos benefícios de forma similar às estrangeiras, sem custos para os cofres públicos, além de ver maximizada a sua visibilidade, uso e impacto em âmbito global.

O que é mais importante para o Brasil, ter e manter o PPC ou fornecer acesso livre à produção científica global, inclusive à brasileira?

agosto 12, 2011 Posted by | artigo | , , , , , | 4 Comentários

Elsevier & IOP continuam verdes e angelicais: ignorem as cláusulas incoerentes.

A propósito das recentes modificações efetivadas pelas editoras Elsevier e IOP em suas políticas OA, Stevan Harnad, publica em seu blog, um post para esclarecer as referidas modificações. Pelo que foi publicado, não se trata de nada substancial ou preocupante. Tentei fazer uma tradução do post com o propósito de acalmar os autores que publicam nas revistas dessas editoras. Desculpem-me por eventuais erros de tradução, a linguagem é meio complicada. Leiam-na abaixo:

Vou tentar explicar da forma mais breve e simples possível, na esperança ardente de que será lida, entendida e posta em prática pelos autores e suas instituições:

Uma editora verde é aquela que permite/endossa o auto-arquivamento, por parte do(s) autor(es) da versão final do artigo(mas não a versão de registro do editor), livre para todos na web, imediatamente após a sua aceitação para publicação.

Isso é tudo o que leva uma editora a tornar-se verde (e, sentar-se, ao lado dos anjos).

Na nova linguagem que alguns editors verde adotaram, recentemente, em seus contratos para transferência de copyright, foram adicionados algumas condições, baseada em três critérios. Nem todos os editores verdes adicionaram as três condições. (Elsevier, por exemplo, adicionou duas delas, IOP adicionou as três), mas não importa, porque todas as três condições são incoerentes: elas não possuem qualquer substância legal, lógica, técnica ou prática. A única coisa que uma pessoa sensível pode e deve fazer é ignorá-las.

Seguem-nas (a forma textual pode variar, mas discutirei a essência das questões):

1) Você pode auto-arquivar a versão final do seu manuscrito (artigo submetido e aprovado), imediatamente após o aceite para publicação, livre para todos – mas você somente pode fazê-lo no seu sítio web institucional pessoal, não no seu repositório institucional.

Esta distinção é completamente vazia. O sítio web institucional e o repositório institucional são apenas instâncias diferentes no disco do servidor onde se encontram armazenados, com nomes diferentes.

2) Você pode auto-arquivar a sua versão final do manuscrito na web, imediatamente após o aceite para publicação, livre para todos – mas você não pode fazê-lo onde há “distribuição sistemática.”.

Ora, todos os sítios web são sistematicamente coletados pelo google e outros search engines, e é assim que a maioria dos usuários buscam e acessam.
(Eu penso que os redatores desta condição absurda tinham em mente que você não poderia depositar o seu artigo em um sítio que pudesse reconstruir sistematicamente o conteúdo de uma revista. Eles estão perfeitamente corretos sobre isto. Mas, um repositório institucional certamente não faz isso; ele simplesmente mostra os artigos dos seus autores, que são arbitrariamente uma fração de alguma revista, em particular. Se existe alguém que publica pode, e deve, ir atrás, este alguém são os coletadores de metadados (harvesters), de terceiros, que reconstroem o o inteiro teor da revista.)

3) Você pode auto-arquivar a versão final de seu manuscrito na web, imediatamente após o seu aceite para publicação, livre para todos – mas, não se você for obrigado por meio de mandato (ou seja, você pode, mas se você deve, você não pode).

Se alguém estiver disposto a gastar mais tempo com essa bobagem que o tempo que levou para ler este post, então eles merecem tudo o que está vindo (e não vindo) a eles.

Aos autores que publicam em revistas da Elsevier e IOP: simplesmente continuem auto-arquivando em seus repostiórios institucionais, como antes, e ignorem essas três condições idiotas, que seguramente não contém nada de essencial.

junho 23, 2011 Posted by | conceitos | , , , , , | 2 Comentários

Open Access na visão do CSIS

Vejam, clicando no link abaixo, uma apresentação realizada por Isabel Bernal da Unidad de Coordinación de Bibliotecas del CSIC – Conselho Superior de Investigaciones Cientificas da Espanha. Trata-se de uma apresentação exaustiva que tem como pano de fundo o Open Access, mas, fala também de bibliometria, os principais modelos de avaliação de citações e fator de impacto e indexação por parte dos motores de busca. São apresentados diversos links muito úteis. http://digital.csic.es/bitstream/10261/36464/1/Curso_Impacto_DigitalCSIC.pdf

junho 7, 2011 Posted by | Sem categoria | , , , , | Deixe um comentário

OAPEN: vídeo

Vejam a seguir um vídeo sobre OAPEN Library. Aliás, este vídeo já foi publicado aqui neste espaço uma vez algum tempo atrás, mas é interessante porque três cientistas discutem a questão da publicação em acesso livre.

maio 31, 2011 Posted by | Sem categoria | , , , | Deixe um comentário

III Seminário Satélite da ABEC

Segue abaixo uma mensagem que recebi do Prof. Benedito Barravieira, presidente da ABEC. Trata-se de um convite para o próximo seminário satélite da ABEC.
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Prezado colega,

Durante o XIX Curso de Editoração Científica e III Seminário Satélite da ABEC sortearemos um Notebook Acer Pentium Dual Core, 3 GB de memória, 320 GB de HD, tela LED 14″ com Windows 7 Basic instalado e uma licença de uso do Sistema de Gestão de Publicações (SGP) com 12 meses de manutenção gratuita.

Aproveitamos para convidá-lo a conhecer a nossa programação no site da ABEC http://www.abecbrasil.org.br

Reserve sua vaga! Inscrições limitadas!

Para você que virá por meio de transporte aéreo, escolha Campinas como última parada.

Aguardamos você lá.

Atenciosamente,
Benedito Barraviera
Presidente
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maio 31, 2011 Posted by | Sem categoria | , , | Deixe um comentário

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