Blog do Kuramoto

Este blog se dedica às discussões relacionadas ao Open Access

A questão dos “rankings” das universidades

Na matéria passada, Quem oferece o ranking mais justo?, levantei a questão desses rankings mas, não discutí a questão com a profundidade necessária, pois, necessitaria um maior aprofundamento na métrica utilizada por esses rankings. Entretanto, o importante é que cada universidade desempenhe da melhor forma possível o seu papel e, com isto, certamente elas serão beneficiadas por uma melhor posição nesses rankings. O Ranking Web ou Webometrics, por exemplo, destaca o seu objetivo principal como sendo, o de “promover a presença acadêmica na web, apoiando as iniciativas de Acesso Livre para aumentar significativamente a transferência de conhecimento científico e cultural gerada pelas universidades para toda a sociedade”. Portanto, além de avaliar quesitos específicos relacionadas às ações, produtos e serviços das universidades em geral, esse ranking verifica também as iniciativas das universidades com relação ao Acesso Livre. Assim, o fato de uma universidade criar o seu repositório institucional e estabelecer uma política institucional, certamente, contribuirá para que uma universidade venha a ser bem classificada nesses rankings. E é esse fato que pode ter contribuído para a péssima clasificação de algumas das nossas universidades naquele ranking apresentado na matéria passada.

Ao fazer esse alerta, não posso deixar de lembrar que são as bibliotecas universitárias as principais responsáveis por essa classificação das suas universidades, pois são elas as principais responsáveis por promover o registro e disseminação da produção científica das universidades. Lembro-me que venho discutindo isto desde o XIIISNBU realizado nos dias 17-24 de outubro de 2004. Infelizmente, não consegui acessar o sítio do referido evento, que seria: http://www.bczm.ufrn.br/snbu2004/segundas/o_evento. Lembro que no dia 19, no segundo dia do evento, o IBICT promoveu uma mesa redonda para discutir a questão dos Open Archives, que teve a prticipação deste que vos fala, de Sueli Maffia e Miguel Angel Mardero, além da profa. Sueli Mara da USP. Naquela época apresentamos esse novo padrão chamado Open Archives, que hoje é responsável por promover a inteoperabilidade de 2615 repositórios digitais, segundo o sítio OpenDOAR em diversas áreas do conhecimento,  universidades e instituições de pesquisa espalhadas por todo o muno. Com certeza, existem outros sistemas utilizando esse padrão, que é muito difundido em todo o mundo.

Portanto, a questão do Acesso Livre não é apenas uma questão legal, ou uma manifestação dos pesquisadores e bibliotecários mas, tem uma influência importante no meio acadêmico, tanto no que diz respeito a buscar maior visibilidade para essas instituições acadêmicas quanto para promover maior disseminação aos trabalhos acadêmicos e, finalmente, para mostrar à comunidade internacional a produção científica de um País. Infelizmente, os governantes e líderes brasileiros não deram muita atenção ao alerta que fizemos em 2004, naquele longínquo SNBU…  felizmente existem registros que, certamente, por motivos operacionais, hoje não estavam ativos mas, alguns outros vestígios são passíveis de se encontrar, como no link Mesa redonda do IBICT em destaque no SNBU em Natal.

 

março 26, 2014 - Posted by | artigo | ,

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