Quem oferece o ranking mais justo?
O jornal Estado de São Paulo, divulgou , dia 25/02/2014, matéria divulgando que 4 (quatro) universidades brasileiras encontravam-se entre as 50 melhores do mundo. Por outro lado, o Webometrics Ranking of World Universities, coloca no seu ranking entre as primeiras 210 universidades, 2 brasileiras: a USP em 29. e a UFRGS em 206. Obviamente, o Webometrics utiliza critérios diferenciados em relação ao Quacquarelli Symonds University Rankings. Enquanto a QS Quacquarelli Symonds, fundada em 1990 busca identificar e divulgar as melhores universidades, a Webometrics realiza um trabalho de classificação de universidades e institutos de pesquisa mediante a sua presença na Web e, nesse caso, com certeza o fato de alguma universidade ou instituto de pesquisa, ter repositórios digitais de acesso livre, poderá melhorar a sua posição nesse ranking.
Já a QS Quacquarelli Symonds tornou-se líder mundial no fornecimento de informações sobre instituições de ensino superior e de pesquisa, além de informações sobre carreiras. Desse trabalho, realizado deste 1990, se apresenta rankings de universidades e institutos de pesquisa. Portanto, há algumas diferenças de critérios de avaliação.
Por outro lado, conforme se pode notar, o Webometrics, que é realizado e mantido atualizado pelo CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas, mais especificamente, pelo seu laboratório Cybermetrics Lab, mantém atualizado o seu ranking observando-se critérios de presença das universidades na Web.
Assim, no classificação da Webometrics, tem-se as seguintes 10primeiras universidades brasileiras e suas respectivas posições na classificação mundial:
Vejam que a primeira universidade brasileira, a USP, aparece nesse ranking em 29. lugar e a segunda universidade brasileira, a UFRGS, aparece em 206. lugar e a 10a. universidade brasileira classificada nesse ranking, encontra-se em 480. lugar no ranking mundial geral do Webometrics. É bem verdade, que as universidades brasileiras ainda conseguem se posicionar muito bem no ranking das universidades latino-americanas. Isto, apesar de nem todas as universidades brasileiras terem criado os seus repositórios digitais. Mas, é bom não esquecer que o uso da Web e, consequentemente, de repositórios digitais poderão ter um peso nesse processo de avaliação e classificação de universidades em iniciativas como a webometrics e quiçá a Quacquarelli Symonds University Rankings, pois, estamos em um processo evolutivo ou de mudanças.
Conclucluindo, não se trata de identificar o ranking mais justo, pois, cada um utiliza os critérios de acordo com os seus objetivos mas, cabe a nós usuários, identificar o ranking mais adequado aos nossos interesses. De toda a forma, carece sempre muito cuidado ao ler matérias como a apresentada pelo jornal O Estado de São Paulo.
Olá Kura,
apenas uma correção no último parágrafo: “mas, cada a nós usuários, identificar” deveria ser “mas, cabe a nós usuários, identificar”, não?
OLá Raniere,
Obrigado pela correção, vou corrigir.
Um abraço.
Kura
[…] matéria passada, Quem oferece o ranking mais justo?, levantei a questão desses rankings mas, não discutí a questão com a profundidade neceasária, […]
Pingback por A questão dos “rankings” das universidades « Blog do Kuramoto | março 26, 2014 |